AMOR À MODA ANTIGA
Teresa Cordioli
Um dia eu pensei que jamais voltaria a sofrer por amor...
Talvez por já ter vivido bastante, e na jornada da vida ter sofrido tanto pela falta como pelo excesso dele...
Hoje estou aqui falando de AMOR, assunto tão fora de moda, fora de hora... principalmente quando o assunto atual é: Ficar.
Eu sou uma eterna apaixonada, amante do amor... chego a pensar que gosto de sofrer por ele, porque por ele me entrego de corpo e alma. Sou eu quem acredita que o amor seja eterno e que quem ama jamais esquece...
Aceito o fim de um namoro, de um casamento, enfim de qualquer relacionamento... mas do amor não. Tudo isso pode terminar, mas o amor não termina, esse fica tatuado na alma, se foi amor estará eternamente na lembrança...
Podemos fazer a comparação do “Amante com o Chocólatra” eu digo, porque sou uma Chocólatra de carteirinha assim como sou amante do amor...Vocês acreditam que um dia nós Chocólatras assim num passe de mágica deixaremos de gostar de chocolates só por não estar na posse dele? Ou então porque um determinado chocolate, o seu predileto saiu de linha? Fico imaginado o dia em que a Nestlé deixar de produzir o Prestígio, eu vou deixar de gostar de chocolates por ser ele meu predileto? Claro que não, comerei outro, mas do prestígio jamais esquecerei, a cada cheiro, aroma de chocolate, papel vermelho... ele virá em minha mente. Assim é o apaixonado, o perfume, o olhar, uma determinada cor de roupa, uma rosa, um por de sol... tudo vai trazer a tona o seu amor...
Minha preocupação maior são os jovens de hoje, onde não se firmam com um companheiro, que a maior diversão é medir, é apostar quem pega mais por noite. As meninas engravidam e necessitam de testes de DNA para saber quem é o pai... os meninos ainda tão jovens se dopam de viágra para dar conta do recado com mais de uma parceira por noite... É ai que surge a minha grande dúvida: E o amor onde fica? Qual será a lembrança que carregarão no final da noite? De qual perfume se lembrará de manhã?
Eu como uma Amante à moda antiga, ainda me lembro da cor da camisa que meu primeiro amor usava, lembro da marca do perfume dele, do local onde o vi pela primeira vez.
Eu não amei uma só vez, amei três vezes... e estou pronta a me apaixonar de novo. Será que esse tipo de sentimento é brega?
Então me sinto uma amante assumida... quando estou amando, amo sem medidas...
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